
Acordar sem o barulho ensurdecedor do despertador era algo que não me acontecia há muito tempo. Levantei-me e fui até à janela. Dei por mim a sorrir logo pela manhã, algo extremamente invulgar. Dirigi-me para o banho, com a calma característica de quem não tem nada para fazer, e aí fiquei, perdido no tempo, até ser chamado de volta para a realidade com três pancadas tímidas na porta do quarto. Enrolei uma toalha à volta da cintura e abri a porta. Era ele. Tinha cumprido o prometido e vinha-me buscar para o nosso passeio pela cidade.
“- Bom dia! Se calhar vim cedo demais…
- Olá bom dia! Não estava à espera de e ver tão cedo…
- Se quiseres espero por ti lá em baixo…
- Não, entra! Eu adormeci e ainda estava a tomar banho. Espera só um pouco que é só o tempo de me arranjar! Senta-te aí!”
Ele entrou e sentou-se na cama enquanto eu fechava a porta. Estava visivelmente envergonhado por toda esta situação, mas eu confesso que achei alguma piada. Dirigi-me à minha mochila que estava no chão e baixei-me para retirar a roupa.
“- Então dormiste bem?
- Como não dormia à anos…
- Sério? A cama é assim tão confortável?
- Bem não se compara à minha cama… Mas anda assim não me posso queixar…”
E foi quando me levantei com a roupa na mão que tudo mudou. A toalha cai e fiquei completamente nu e vulnerável em frente daquele rapaz. Foi a minha vez de fikar envergonhado…
“- Desculpa…”
Tentei apanhar a toalha do chão, mas quando olhei já o pé dele estava em cima dela.
“- Deixa estar… Eu até gosto do que vejo…”
Seria aquilo um piropo? Um elogio? Ele estava a atirar-se a mim? Ou apenas a ser simpático e brincar um pouco com a situação? A minha mente começou a trabalhar mais depressa do que eu conseguia acompanhar… O que é que se estava a passar? E quando dei por mim já os meus lábios tinham encontrado os dele! Senti as suas mãos a percorrer cada centímetro do meu corpo. Foi demasiado estranho! Eu queria parar… Eu não queria parar… Os primeiros beijos foram tímidos, como quem não sabe o que está a fazer…. Mas depois as nossas línguas encontraram-se. O momento estava a tomar conta de nós. Larguei as roupas e puxei-o para a cama. Ele veio e explorou cada recanto do meu corpo com as mãos e a língua. Tirei-lhe a roupa com o cuidado e carinho que o momento podia e fizemos amor, trocámos carinhos, foi um daqueles momentos em que dois se tornam um…
Não sei o que pensar do que tinha acabado de acontecer. Há hora do jantar, ele despediu-se de mim e eu dele com a ternura e a saudade de quem sabe que não nos voltaríamos a ver. Mal ele se foi embora arrumei as minhas coisas e parti. No comboio em direcção ao porto chorei, não só de saudade e tristeza, mas também com o coração e a mente repletos de novos sentimentos. E agora? Devia ter-lhe dito algo? Devia ter guardado algum contacto?
Perdoa-me…
4 comments:
Brilhante! É só o k tenho a dizer... até porque as palavras "fugiram-se-me" lool
Hmmm...já escreveste melhores. Gostei da troca inicial entre as perspectivas das personagens. Essas porcarias e poucas vergonhas que os dois fizeram no quarto, isso é que não, muito feio! LOLOL. Kidding! E depois o gajo baza? Grande fdp! Mas se o outro também sabia...tão quites! :P
Vamos ver o que acontece agora!
O Ogi é uma criatura xlente k gentilmente te fornece fotos LOL kiddin'!
Foi um inicio interessante, gostei bastante!! Estou hiper curioso para saber como é k que a história vai continuar!
keep up the good work
[]
So gostaria de saber em que ponto ficou o blog :P lol
abraços!
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