Ao entrar no comboio não pude deixar de sentir que talvez estivesse a cometer o maior erro da minha vida. Tive vontade de desistir, voltar para casa e assumir a rotina de sempre. Mas já não era possivel. Eu não podia voltar, e acima de tudo, eu não queria voltar. Sentei-me e vi Lisboa ficar para trás através da janela. Despedi-me assim de tudo e de todos que tinham feito parte da minha vida. Permaneci imovel durante toda a viagem, talvez paralisado pelo receio das consequências do que acabava de fazer.
Cheguei a Espinho e depois de um pequeno passeio percebi que não era ali o meu destino, não era por ali que queria ficar. Apanhei então um transporte que chamam "Vouguinha" e acabei na cidade de Santa Maria da Feira. Porquê? Não sei. Mas senti que era ali que tinha que ficar.
Depois de andar um pouco a fome apertou. Afinal ainda não tinha comido nada o dia todo. O sol já se ia despedindo e a noite ameaçava chegar a qualquer momento. Sentei-me numa esplanada de um café chamado "Orfeu" e não pude deixar de me rir quando pedi uma sandes mista e um café. Afinal nem todos os hábitos se podem perder...
Foi só nessa altura que me apercebi que ainda não tinha pensado onde dormir. Não podia ficar na rua, mas também não sabia onde me dirigir. Tinha então duas hipoteses: ou ia passear pela cidade e tentar encontrar algum sitio, ou perdia a vergonha na cara e perguntava a alguém. E foi então que o vi. Ele acabava de chegar e estava a sentar-se numa mesa perto da minha. Decidi arriscar e fui meter conversa com ele. Comecei por me apresentar e explicar a situação em que me encontrava. Ele apresentou-se visivelmente desconfiado. Também não era para menos, esta não era uma situação tipica.
Acabamos por falar durante algum tempo. Ele estava à espera de uma amiga, mas como percebeu a minha situação, acabou por lhe mandar uma mensagem a desmarcar e decidiu mostrar-me a sua cidade. Um verdadeiro "filho da terra" com orgulho nas suas raizes. Como já era tarde indicou-me o "Hotel Nova Cruz" e ficou prometido um passeio mais detalhado pela cidade no dia seguinte.
Fui deitar-me com a sensação de que ainda existe gente boa neste mundo. E dormi com uma paz e alegria que já não sentia há muito tempo...
Cheguei a Espinho e depois de um pequeno passeio percebi que não era ali o meu destino, não era por ali que queria ficar. Apanhei então um transporte que chamam "Vouguinha" e acabei na cidade de Santa Maria da Feira. Porquê? Não sei. Mas senti que era ali que tinha que ficar.
Depois de andar um pouco a fome apertou. Afinal ainda não tinha comido nada o dia todo. O sol já se ia despedindo e a noite ameaçava chegar a qualquer momento. Sentei-me numa esplanada de um café chamado "Orfeu" e não pude deixar de me rir quando pedi uma sandes mista e um café. Afinal nem todos os hábitos se podem perder...
Foi só nessa altura que me apercebi que ainda não tinha pensado onde dormir. Não podia ficar na rua, mas também não sabia onde me dirigir. Tinha então duas hipoteses: ou ia passear pela cidade e tentar encontrar algum sitio, ou perdia a vergonha na cara e perguntava a alguém. E foi então que o vi. Ele acabava de chegar e estava a sentar-se numa mesa perto da minha. Decidi arriscar e fui meter conversa com ele. Comecei por me apresentar e explicar a situação em que me encontrava. Ele apresentou-se visivelmente desconfiado. Também não era para menos, esta não era uma situação tipica.
Acabamos por falar durante algum tempo. Ele estava à espera de uma amiga, mas como percebeu a minha situação, acabou por lhe mandar uma mensagem a desmarcar e decidiu mostrar-me a sua cidade. Um verdadeiro "filho da terra" com orgulho nas suas raizes. Como já era tarde indicou-me o "Hotel Nova Cruz" e ficou prometido um passeio mais detalhado pela cidade no dia seguinte.
Fui deitar-me com a sensação de que ainda existe gente boa neste mundo. E dormi com uma paz e alegria que já não sentia há muito tempo...